Pode causar problemas graves, pois, em relação às grávidas não fumantes, as grávidas fumantes aumentam o risco:
De ter aborto espontâneo, causado pelo descolamento prematuro da placenta¹.
De o bebê morrer pouco depois do parto (síndrome da morte súbita). O fumo durante a gravidez é a principal causa evitável de morte súbita do bebê após o nascimento 2, 3.
De o bebê nascer prematuro.
De ter um bebê com baixo peso2, 3.
Bebês pesando 2.500 g ou menos são quase 40 vezes mais sujeitos à morte durante as primeiras 4 semanas de vida, que as crianças de peso normal2.
Crianças nascidas com baixo peso são três vezes mais sujeitas a terem distúrbios neurológicos e de desenvolvimento que as crianças nascidas com peso normal 4.
O fumo prejudica a chegada de oxigênio e de nutrientes ao feto, devido aos componentes tóxicos presentes nos produtos, como, por exemplo:
- A nicotina no organismo causa liberação de acetilcolina, epinefrina e norepinefrina, que agem sobre o coração, causando um aumento da freqüência cardíaca, interferindo na agregação plaquetária e nos fatores de coagulação. Um dos efeitos mais importantes é a vasoconstrição dos vasos uterinos, reduzindo a disponibilidade de oxigênio para o feto 2.
- O monóxido de carbono tem uma grande afinidade com a hemoglobina, que transporta o oxigênio pelo sangue5. Quanto mais a mãe fuma, o sangue transporta mais monóxido de carbono e menos oxigênio chega ao feto. É um dos compostos responsável pela diminuição do peso fetal 2.
- O cigarro também causa a contração da artéria umbilical, que liga o bebê à mãe. Isso diminui o transporte de nutrientes até a criança. “Ou seja, quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes 2, 3”.
Além dos prejuízos causados ao feto, há também os riscos para a gestante, como para as demais mulheres que fumam. Por exemplo, têm um risco aumentado de doenças cardiovasculares 5.
Referências Bibliográficas
1.ASH (2004). Action on Smoking and Health Factsheet nº 13: Pipe and Cigar Smoking. Disponível em: http://www.ash.org.uk/Find out about tobacco/facts and statistics. Acessado em 28/01/2009.
2.ALEIXO NETO, A. (1990). Efeitos do fumo na gravidez. Rev. Saúde Pública, vol.24 nº5, São Paulo. Outubro, 1990.
3.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 527, 564, 584, 585, 601. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
4.COMMITTEE TO STUDY THE PREVENTION OF LOW BIRTHWEIGHT (1987). Preventing low birthweight. Washington, D. C., Institute of Medicine.
5.US Department of Health and Human Services (2004). The Health Consequences of Smoking. A Report of the Surgeon General, pág. 616. 2004. Disponível em: http://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/sgr/sgr_2004/index.htm#lights. Acessado em: 29/01/2009.
6.ERNSTER, VIRGINIA et all.(2000). Women and tobacco: moving from policy to action. Bulletin of the World Health Organization. vol.78 no.7 Genebra July 2000.